As exigências do mercado e das empresas têm levado a um desequilíbrio acentuado entre a oferta e a procura no mundo do trabalho. Se por um lado, existem áreas com baixa empregabilidade, mas com vários profissionais disponíveis, por outro há áreas de bastante procura, mas sem profissionais que dominem as competências necessárias. Esta realidade veio agravar ainda mais as dificuldades que as empresas tinham no recrutamento.

Nos dias de hoje, os colaboradores estão mais atentos às condições laborais, que por vezes sobrepõem ao valor do ordenado.  As pessoas, principalmente os mais jovens, preferem identificar-se com a função desempenhada, ter um ambiente de trabalho descontraído, formação gratuita, seguro de saúde, isenção de horários e trabalhar numa empresa de prestigio, do que receber um ordenado superior.

Tendo em conta os aspetos referidos é essencial para as empresas reinventar não só a cultura da empresa, como o departamento de recursos humanos, o processo de recrutamento e a forma como comunicam a marca.

Em 2016 vimos algumas empresas a investir num conceito novo, o Employer Brand, uma outra dimensão da marca, direcionada exclusivamente para a proposta de valor que a empresa tem para oferecer ao empregador. Uma proposta abrangente, que implica alterações em vários setores da empresa, como comunicação interna, recursos humanos e marketing. Os recursos humanos passam a usar canais até então exclusivos do marketing, como as redes sociais, com campanhas direcionadas para atrair candidatos.

Se analisarmos bem, atualmente um portal de emprego já não é apenas uma lista de classificados, estes portais adaptaram-se à realidade do mundo do trabalho e essencialmente à personalidade dos candidatos, que querem obter o máximo de informação sobre a empresa, antes de se candidatarem. Os portais de hoje, assim como as redes sociais, mais do que comunicar ofertas, são espaços onde os colaboradores e parceiros das empresas podem expressar a sua opinião, partilhar experiências ou dar recomendações sobre as empresas.

Em suma, os colaboradores passam a ser “embaixadores” da sua empresa nestes portais e a condicionar o recrutamento. Surge uma nova relação entre colaboradores e entidade empregadora, com a qual as empresas têm inevitavelmente de aprender a lidar.

No fundo o que quer saber é como fazem as empresas para serem promovidas e elogiadas pelos seus colaboradores? Pode contratualizar este tipo de promoção com os seus funcionários?

Uma das características chave do Employer Brand é que não é algo que possa pagar ou pedir aos seus colaboradores. Lembre-se o Employer Brand assenta na proposta de valor que a empresa tem para oferecer, por isso é necessário que seja real.

Pode parecer um cliché, mas o conceito veio acentuar ainda mais a ideia de que são as pessoas que fazem a organização e por isso é necessário investir numa cultura empresarial, que coloque as pessoas em primeiro lugar. Pessoas felizes e motivadas  não têm motivos para não elogiarem a empresa onde trabalham.

Aposte numa estratégia integrada que envolva vários departamentos e várias áreas da sua empresa e lembre-se, este é um projeto a longo prazo.

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